NASCEMOS LIVRES - A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS EM IMAGENS (Bartolomeu Campos de Queirós).
O livro apresenta à criança e ao jovem leitor a Declaração Universal dos
Direitos Humanos em versão simplificada, adaptada de forma livre e poética,
fortalecendo a noção de que liberdade implica a idéia de igualdade e não-discriminação.
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
SER HUMANO É... DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS
HUMANOS PARA CRIANÇAS (Fábio Sgroi). Você gosta de
brincar, de aprender coisas novas, de ser tratado com carinho e respeito? Todo
mundo gosta, não é? Pois estudar, se divertir, viver são direitos humanos. Para
garantir que eles sejam respeitados, foram escritos em um documento reconhecido
por 192 países: a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Esse livro é um
jeito muito legal de o jovem leitor conhecer os direitos que crianças e adultos
devem ter para viver bem, em paz e felizes.
O PEQUENO PRÍNCIPE (Antoine Saint-Exupéry). À primeira vista, um livro para crianças. Mas, de
acordo com o seu autor, é "um livro urgentíssimo para adultos". Conta
a história do piloto cujo avião cai no deserto do Saara, onde ele encontra um
príncipe, "um pedacinho de gente inteiramente extraordinário" que o
leva a uma jornada filosófica e poética através de vários planetas.
LIVROS E CARTILHAS INFANTIS DA UNIÃO LIBERTÁRIA ANIMAL
(Projeto Ulinha). O site da União Libertária Animal
(www.uniaolibertariaanimal.com) traz diversos materiais infantis, alguns
disponíveis gratuitamente para download, com atividades, brincadeiras,
histórias em quadrinhos e muita informação sobre direitos animais para
crianças. São abordados temas como guarda responsável, cárcere de animais
silvestres, animais em circos e zoológicos, carroças e alimentação vegetariana.
HUMOR PELA PAZ E A FALTA QUE ELA FAZ (Autores diversos
/ Organização: Mario Mastrotti). Humor pela
Paz e a falta que ela faz reúne 29 artistas do humor gráfico brasileiro, de São
Luís no Maranhão até Vacaria no Rio Grande do Sul, revelando as facetas da paz
que buscamos e a sua inexistência em muitas situações cotidianas e até mesmo
globais, através de charges e cartuns irreverentes e mordazes.
DOCES VENENOS – Conversas e desconversas sobre Drogas
(Lidia Rosenberg Aratangy). A obra aborda a
questão das drogas com inteligência e sensibilidade, esclarecendo sobre perigos
e efeitos dos principais tipos de drogas. A autora começa e termina o livro com
metáforas lindíssimas - o conto de fadas da “Bela Adormecida” e “A pequena
vendedora de fósforos” - para mostrar sem moralismo nem doutrinarismo de que
forma as drogas, tão cobertas de falsos aspectos glamorosos, podem comprometer
a vida humana em seu todo. Destaque para a criativa e envolvente forma de
abordagem do assunto, com intervenções de diálogos entre mãe e filha ao longo
dos textos. Tudo isso com uma linguagem simples, direta e bem próxima à
realidade dos jovens.
CULTURA DE PAZ (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs
do Brasil – CONIC). Este livro tem a proposta de ser
um guia para a transformação social, mostrando que é possível construir a paz a
partir de ações e posturas simples do dia-a-dia. Com reflexões e exercícios, o
livro sensibiliza, debate, estimula ações concretas, enfim, educa para a
construção verdadeira e efetiva da paz. Possui linguagem e estilo simples e
jovem.
CONVIVENDO COM A VIOLÊNCIA (Coleção “Guia da Criança
Cidadã” / UNICEF). O que é violência? Como reagir à
violência de forma pacífica? Por que há guerras? Ética, tolerância,
consumismo... Tudo isso também é assunto de criança. Neste livro, histórias
ligadas ao dia-a-dia, jogos-testes e informações criteriosas ajudam a criança a
perceber que ela também faz parte da sociedade e tem um importante papel para
cumprir.
A
NÃO-VIOLÊNCIA EXPLICADA ÀS MINHAS FILHAS (Jacques Sémelin).
O que fazer quando se é agredido? Como enfrentar a delinqüência na
escola? E o abuso sexual? Como lidar com a violência dos jovens?
Como tratar o racismo? Para responder a estas e outras perguntas
formuladas por suas filhas de 13 e 8 anos, Jacques Sémelin, apoiado
em diversos exemplos do dia-a-dia e da História, lança um debate
que, ao apontar entre outras coisas as diferenças entre a
não-violência, a passividade e a agressividade, estimula a postura
crítica e inspira possíveis ações e reações diante dos
conflitos do cotidiano. Uma ótima leitura sobre não-violência para
crianças e adolescentes.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
VIREI VEGETARIANO E AGORA? (Dr. Eric
Slywitch). Milhões de pessoas em
todo o mundo vêm adotando o vegetarianismo em busca de uma maneira mais
saudável não apenas de se alimentar, mas também de se relacionar com o meio
ambiente e com os animais. O livro foi escrito para aqueles que pretendem se
tornar vegetarianos, são vegetarianos ou têm algum parente ou amigo
vegetariano. Em uma sociedade em que a carne é onipresente, essa não é uma
escolha simples ou fácil. Escrito por um médico especializado em nutrologia e
dietas vegetarianas, o livro responde as dúvidas mais comuns e traz soluções
práticas para os obstáculos e as saias justas do dia a dia. O livro aborda: -
Os mitos que rondam a dieta vegetariana; - As 18 etapas para adotar o
vegetarianismo com segurança; - Orientações para montar refeições vegetarianas
equilibradas; - Informações sobre suplementos alimentares; - Dicas práticas
para lidar com a família e com os amigos; - Conselhos para pais que têm filhos
vegetarianos. Com informações totalmente embasadas em estudos científicos, o
livro ajuda a fazer uma transição consciente e livre de perigos para uma vida
sem carne.
Sementes do Amor:
Educar Crianças de 0 a 3 Anos para a Paz (Maria Tereza Maldonado). Com
a leitura deste livro, pais, educadores e pessoas que cuidam de crianças na
faixa entre 0 e 3 anos compreenderão melhor a riqueza da comunicação e as
competências do bebê e da criancinha. Encontrarão também sugestões práticas
para estimular a canalização da agressividade natural da criança e a expansão
de sua capacidade amorosa. Estas são medidas fundamentais para a prevenção da
violência e para o desenvolvimento de características necessárias para
enfrentar os desafios da atualidade.
PARA UMA CULTURA DA PAZ (Autores diversos /
Organização: José Manuel Pureza). Este livro
traz uma série de artigos apresentados no Curso “Para uma Cultura da Paz”,
realizado no quadro da Universidade de Verão da Arrábida por iniciativa da
Comissão Nacional da UNESCO, entre 16 e 18 de agosto de 2000. Na obra, são
abordados diversos pontos relativos aos estudos sobre Paz e Cultura da Paz.
OS CONSTRUTORES DA PAZ: CAMINHOS DA
PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA (Maria Tereza Maldonado). Acreditando que é fundamental trabalhar mais intensamente na prevenção
da violência por meio da construção da paz, a autora espera aumentar o
contingente dos construtores da paz. É esse o objetivo do livro, que analisa as
principais raízes e expressões da violência na família e na sociedade; reflete
sobre a transformação dos sentimentos de amor e raiva; apresenta programas
bem-sucedidos de prevenção da violência e de construção da paz; mostra caminhos
para transformar conflitos destrutivos em acordos construtivos e aborda a
transição da cultura da violência para a cultura da paz.
O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS DAS MULHERES
(Maria Amélia de Almeida Teles / Coleção Primeiros Passos). Sempre houve preconceito contra a discussão
das questões específicas das mulheres. Não se concebia que mulheres violentadas
por seus maridos/companheiros, espancadas e assassinadas sob a alegação de
defesa da honra tinham seus direitos humanos violados. Considera-se normal que
mulheres tenham salários mais baixos que homens, que mulheres sejam alvo das
ações masculinas de assédio sexual, de estupro e demais tipos de violência de
gênero. É como se os direitos do homem incluíssem os da mulher, ou como se
estes fossem secundários. A exclusão da cidadania das mulheres está arraigada
em nossa cultura. É preciso tratar o tema recuperando os conceitos históricos e
as lutas políticas já travadas para conquistar a igualdade. Consolidar os
direitos humanos das mulheres é prioridade para uma sociedade justa e digna. A
autora apresenta uma visão feminista dos direitos humanos, expondo seus pontos
de vista desenvolvidos como ativista desde os anos 1970.
O QUE SÃO DIREITOS HUMANOS (João Ricardo W.
Dornelles / Coleção Primeiros Passos). Estamos
acostumados com belos documentos históricos declarando sermos todos iguais e
livres. Estamos acostumados também ao fato de alguns serem mais iguais do que
outros. Neste livro, você encontra um estudo sintético, em linguagem simples e
didática, das principais lutas políticas que nos últimos dois séculos vêm
garantindo (ou não) direitos às pessoas, as diferentes concepções do que seriam
direitos fundamentais e o que se pode fazer hoje para a defesa dos direitos de
cada um.
O QUE SÃO DIREITOS DA PESSOA (Dalmo de Abreu
Dallari / Coleção Primeiros Passos). Toda
pessoa tem direitos. Isso acontece em qualquer parte do mundo. Assim, por
exemplo, todos têm direito à vida, não importando a idade, a cor, o lugar de
nascimento, a preferência política, a profissão, a riqueza ou a pobreza, ou
qualquer outro fator. Por que existem esses direitos? Como se justifica a
existência de injustiças apoiadas pelo direito? E se o direito é útil ou
necessário para os seres humanos, como se explica que os direitos não sejam
respeitados por todos? Esses são alguns dos temas que o professor Dallari
aborda de forma direta, simples e didática.
O QUE É VIOLÊNCIA (Nilo Odalia / Coleção
Primeiros Passos). Desde o momento em que um
longínquo ancestral do homem fez de um osso a primeira arma, a violência sempre
caminhou lado a lado com a civilização. E chega aos dias de hoje nas mais
diversas formas: física, racial, sexual, política, econômica.... Neste livro, o
professor Nilo Odalia procura os porquês da violência e reflete sobre suas
relações com a sociedade e com o homem. Ele considera a violência sob a forma
de privação: privação de nossa vida, de nossos direitos como pessoas e como
cidadãos. Discorda dos pensadores que julgam que a melhor defesa contra a
violência é aprender a conviver com ela e também acredita que os meios de
vencê-la não passam pela criação de Estados monstruosamente fortes que esmaguem
o indivíduo, nem por sociedades sofisticadamente anárquicas. Acredita, enfim,
que a violência será vencida quando a sociedade for organizada de tal maneira
que as diferenças entre os homens sejam cada vez menos sensíveis.
O QUE É MEDIAÇÃO DE CONFLITOS (Lia Regina
Castaldi Sampaio e Adolfo Braga Neto / Coleção Primeiros Passos). Mediação é um processo pacífico de
resolução de conflitos em que uma terceira pessoa, imparcial e independente,
com a necessária capacitação, facilita o diálogo entre as partes para que
melhor entendam o conflito e busquem alcançar soluções criativas e possíveis.
Este livro oferece ao leitor a possibilidade de visualizar a dinâmica desse
processo, abordando novos paradigmas na prevenção, gestão e resolução de
conflitos presentes na sociedade contemporânea. Reconhecendo a complexidade das
inter-relações modernas, procura fornecer recursos que contribuam para a
capacitação de mediadores independentes – institucionais, extrajudiciais e
judiciais – e sirvam como ferramenta para o processo da mediação, de forma
objetiva, instrutiva e informativa.
O QUE É CULTURA (José Luiz dos Santos /
Coleção Primeiros Passos). Cultura
é palavra de origem latina e em seu significado original está ligada às
atividades agrícolas. Vem do verbo colere, que quer dizer cultivar. Indo
além do sentido original, o autor aborda as diferentes formas de entender a
cultura: às vezes associada a estudo, educação, formação escolar; às vezes
associada às manifestações artísticas; às vezes identificada com os meios de
comunicação de massa; outras vezes associada às festas e cerimônias
tradicionais, às lendas e crenças de um povo, ou a seu modo de se vestir, à sua
comida, a seu idioma... Conclui, enfim, pelo uso da expressão de maneira mais
genérica, abrangendo tudo o que caracteriza uma população humana. Entendida de
forma holística, portanto, cultura diz respeito a todos os aspectos da vida
social, ao legado comum de toda a humanidade. E é um processo de construção
história, um produto coletivo da vida humana, um território de lutas sociais
por um destino melhor, uma realidade e uma concepção que precisam ser
apropriadas em favor do progresso social e da liberdade, em favor da luta
contra a exploração de uma parte da sociedade por outra, em favor da superação
da opressão e da desigualdade. O autor apresenta, ainda, um estudo muito
interessante sobre a variedade e a coexistência de múltiplas culturas.
O PRINCÍPIO DA NÃO-VIOLÊNCIA – Uma
trajetória filosófica (Jean-Marie Muller). O
autor exprime a sua convicção de que o verdadeiro debate sobre a não-violência
ainda não teve lugar e que não pode deixar de se iniciar através de uma disputa
filosófica que permita recusar, de uma vez por todas, a ideologia da violência
necessária, legítima e honrosa.
O PODER DA NÃO-VIOLÊNCIA (Martin Claret). Trata-se de um “livro-clipping”, onde
foram selecionados textos de alguns livros célebres sobre o assunto em questão:
Poder, Luta e Defesa (Gene Sharp); A Firmeza Permanente (Vários Autores); Tao
Te King (Lao Tse); O Grito da Consciência (Martin Luther King Jr.); Minha Vida
e Minhas Experiências com a Verdade (Mohandas K. Gandhi); Em Defesa dos
Direitos Humanos – Encontro com um Repórter (D. Paulo Evaristo Arns); O que são
Direitos da Pessoa (Dalmo de Abreu Dallari).
NÃO-VIOLÊNCIA NA EDUCAÇÃO (Jean-Marie
Muller). O livro sugere uma
abordagem muito prática de como resolver os confrontos violentos nas escolas. O
autor define violência não como agressividade, esta sim natural da nossa
espécie, mas como a ameaça à vida ou à integridade do outro. A violência é um
desrespeito básico pelo humano no outro, que o torna uma coisa a ser usada ou
explorada ou destruída. A não-violência, ele também insiste em dizer, não é
fácil, nem brota espontaneamente, mas é sempre uma escolha possível para quem é
humano. Ela consiste não em evitar conflitos, também inevitáveis quando há
convivência entre quaisquer pessoas com interesses diferentes, mas em resolver
esses conflitos de uma forma pacífica, através do diálogo, do recurso à
justiça, da mediação. Diz o autor que mesmo crianças muito pequenas conseguem
compreender a lógica de "não faça ao outro o que não quer que o outro faça
a você".
MESTRES DA CULTURA DA PAZ (Vitor Caruso Jr.). O livro conta a estória de um personagem
misterioso que, depois de sonhar com o assassinato de Gandhi, inicia uma
jornada pessoal em busca do que podemos fazer para atingirmos o ideal de Paz e
Não-Violência pregado pelo líder hindu. Sua busca o leva a entrevistar diversas
pessoas engajadas em atividades ligadas a uma Cultura de Paz, como Clóvis
Borges, Lama Padma Samten, Leonardo Boff, Lia Diskin, Monja Coen, Monserrat
Fernandes, Prof. Hermógenes, Rodrigo Rocha Loures e Zilda Arns. E são essas
pessoas que o ensinam que ter a paz em nossos corações é a única forma de
encontrarmos a felicidade, e que esta felicidade está inextricavelmente
conectada à felicidade de nosso semelhante. “Temos de ser a transformação que
queremos no mundo”, disse Gandhi. Esse livro nos mostra que a paz é o
pré-requisito fundamental para que essa transformação realmente possa ocorrer.
MAHATMA GANDHI: O APÓSTOLO DA NÃO-VIOLÊNCIA
(Huberto Rohden). A obra narra a vida do
imortal líder, místico e político da Índia moderna. Gandhi é fenômeno humano de
incrível força cósmica. Sua mensagem de não-violência é a mais revolucionária
estratégia social, política e religiosa dos nossos tempos. Para o autor,
Mahatma Gandhi é o modelo do homem integral. Nesta biografia, fartamente
ilustrada, a vida do Mahatma é mostrada na sua luminosa grandeza.
LIBERTAÇÃO ANIMAL (Peter Singer). Trata-se de um clássico da literatura
abolicionista animal. Desde a primeira edição, em 1975, a obra vem
conscientizando milhões de pessoas sobre o “especismo” - nosso sistemático
descaso em relação aos interesses dos animais não humanos – e inspirando, em
todo o mundo, movimentos pela mudança de nossas atitudes em relação aos animais
e pelo fim da crueldade que lhes infligimos. Singer expõe a terrível realidade
da indústria pecuária, dos testes de novos produtos e das pesquisas científicas
que utilizam animais, destruindo as falsas justificativas que embasam essas
práticas e propondo alternativas para algo que, além de uma questão moral,
assumiu contornos de sério problema social e ambiental.
Jaulas vazias:
encarando o desafio dos direitos animais (Tom Regan). O autor narra de forma clara e envolvente sua jornada até a descoberta
intelectual da consciência animal: o reconhecimento libertário dos animais como
“sujeitos de uma vida”. Sua inquietude quanto à natureza dos direitos humanos é
estendida aos animais. Examinando a ética desses direitos, ele revela um elo
fundamental: os animais também querem viver e se importam com suas vidas mesmo
que nenhum outro ser (humano ou não) se importe com elas. Seja nos produtos que
consumimos (alimentos, cosméticos, vestuário), seja nos entretenimentos que
buscamos (circos, rodeios, caçadas), seja ainda no tipo de ciência dogmática
que ainda escolhemos como oficial, envolvendo, muitíssimas vezes, práticas
insensíveis ou até mesmo inúteis, nossas escolhas cotidianas afetam
dramaticamente a vida dos animais não-humanos. Tornar isso visível é uma das
tarefas heróicas deste livro. Trata-se do relato de uma impressionante e
original contribuição teórica. Mais do que isso: é um convite franco e
ponderado a fazermos nossa jornada individual e coletiva em direção a uma
consciência ampliada, encarando diariamente o desafio de fazer valer os
direitos animais.
EDUCAÇÃO PARA A
PAZ: SENTIDOS E DILEMAS (Marcelo
Rezende Guimarães). O livro apresenta um
estudo detalhado das principais tradições acerca da paz, como a tradição dos
movimentos de renovação pedagógica, a tradição da Unesco, a tradição dos
movimentos sindicais de educação no contexto da guerra fria, a tradição do peace
research, a tradição dos movimentos de não-violência, a tradição das
pedagogias da libertação, a tradição dos movimentos pedagógicos modernos e
contemporâneos, a tradição socioafetiva e a tradição holística. Aborda o que o
autor chama de “crise da metafísica”, sob o impacto principalmente da filosofia
nietschieana, e mostra como podemos pensar e viver a paz mesmo num mundo
“pós-metafísico”.
DIREITO DOS ANIMAIS (Laerte Fernando Levai). O autor defende, através da análise de
vários documentos jurídicos nacionais e internacionais, o reconhecimento dos
direitos dos animais, para que sejam efetivamente vistos como sujeitos de
direitos, bem como defende o papel do Ministério Público como curador dos
animais, cabendo a esse órgão a tentativa de livrar os animais das maldades,
dos padecimentos e das torturas que a humanidade lhes impinge, utilizando as
armas da lei.
DESARMAMENTO, SEGURANÇA PÚBLICA E CULTURA DA
PAZ (Cadernos Adenauer).
Produzido pela Fundação Konrad Adenauer, o livro traz uma série de artigos
sobre desarmamento, segurança pública e cultura da paz, assinados por autores
diversos e elaborados por ocasião do referendo de 2005 sobre o comércio de
armas de fogo e munições no Brasil. A obra aponta que a violência no país não
terminará da noite para o dia com a vitória a favor da proibição da
comercialização de armas e munição, mas que tal medida representa um sinal
importante de que os brasileiros estão dispostos a seguir o caminho da paz.
CULTURA
DE PAZ (Cristina Von). Este
livro é um passo preciso e precioso que pode inspirar orientações e
orientadores, aprendizes e educadores. Trata-se de uma obra que nos faz
compreender níveis mais profundos da paz. Aborda temas como tolerância,
direitos humanos, problemas mundiais, preservação do planeta e desenvolvimento
humano, relacionando ferramentas para a aplicação das idéias propostas nas
escolas, grupos e organizações sociais.
CULTURA DA PAZ & PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
(Autores Diversos). O livro apresenta as atas
do Seminário “Cultura da Paz e Prevenção da Violência”, realizado pelos Centros
Loyola de Fé e Cultura do Rio de Janeiro, de Belo Horizonte e de Brasília, em
outubro de 2001. São transcrições de palestras proferidas por cientistas
sociais, cineastas, jornalistas, filósofos, agentes de pastoral, líderes
comunitários, políticos, religiosos, representantes de ONGs, de Fundações, da
Polícia, do Ministério Público e de outras instituições públicas, bem como
transcrições das discussões provocadas por tais palestras. A intenção de tal
Seminário foi apresentar não apenas aspectos teóricos, mas sobretudo
experiências práticas que vêm sendo realizadas no campo da cultura da paz e da
prevenção da violência.
COMUNICAÇÃO NÃ0-VIOLENTA: Técnicas para
aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais (Marshall B. Rosenberg). Em um mundo violento, cheio de
preconceitos e mal entendidos, buscamos ansiosamente soluções. E a boa
comunicação é uma das armas mais poderosas, econômicas e de fácil aplicação.
Grande parte dos problemas entre casais, pais e filhos, empregados e
empregadores, vizinhos, políticos e governantes pode ser amenizada e
frequentemente evitada apenas com... palavras. Saber ouvir o que de fato está
sendo dito pelo outro e expressar o que de fato queremos dizer, embora pareça
tarefa simples, é das mais difíceis. Usando sua experiência como psicólogo
clínico e criador do método da comunicação não-violenta, Marshall Rosenberg
ensina o leitor a: se libertar dos condicionamentos e dos efeitos de
experiências passadas; transformar padrões de pensamento que conduzem a
discussões, raiva e depressão; resolver seus conflitos com os outros
pacificamente; criar relacionamentos interpessoais baseados em respeito mútuo,
compaixão e cooperação.
Simplificadamente, podemos dizer que a CNV
tem duas partes: 1) Expressar-se honestamente por meio de quatro componentes:
observação, sentimento, necessidades e pedido; 2) Receber com empatia também
por meio dos quatro componentes.
Para trabalhar os quatro componentes, é
preciso: observar sem avaliar, identificar e expressar sentimentos e pedir
aquilo que enriquecerá nossa vida levando em conta nossas necessidades
envolvidas.
O livro também traz ensinamentos sobre como
nos conectar compassivamente com nós mesmos, como expressar a raiva plenamente,
como usar a força para proteger, como nos libertar de velhos condicionamentos
para aconselhar os outros e como expressar apreciação e gratidão na CNV.
Para nos conectar compassivamente com nós
mesmos o autor sugere que avaliemos nosso comportamento em termos de nossas
próprias necessidades não-atendidas, em vez de nos enredarmos em julgamentos
moralizadores sobre nós mesmos. Assim, o ímpeto pela mudança surge não da
vergonha, culpa, raiva ou depressão, mas de nosso genuíno desejo de contribuir
para o nosso bem-estar e o dos outros.
Para expressar a raiva o autor sugere
quatro passos: 1. Parar e respirar. 2. Identificar nossos pensamentos que estão
julgando as pessoas. 3. Conectar-nos a nossas necessidades. 4. Expressar nossos
sentimentos e necessidades não-atendidas. Assim, expressando nossas
necessidades, evita-se culpar e punir os outros, eximindo-os de qualquer
responsabilidade por nossa raiva, o que facilita que tenhamos mais sucesso em
termos nossas necessidades atendidas.
Sobre o uso da força, o autor sugere que
diferenciemos entre o uso protetor e o uso punitivo da força. Para ele, em
situações em que não há uma oportunidade de comunicação, como naquelas em que
há perigo iminente, podemos precisar recorrer à força como meio de proteção. A
intenção por trás do uso protetor da força para proteção é evitar danos ou
injustiças, nunca punir ou fazer que as pessoas sofram, se arrependam ou mudem.
O uso punitivo da força tende a gerar hostilidades e reforçar a resistência ao
próprio comportamento que buscamos obter.
Para nos libertar dos velhos
condicionamentos, a CNV ensina a separar a observação da avaliação, a
reconhecer os pensamentos e necessidades que dão forma a nossos sentimentos e a
expressar nossos pedidos em linguagem clara e proativa. As mensagens tendem,
assim, a serem feitas seguindo a fórmula: “Quando acontece (a), sinto-me (b),
porque preciso de (c). Portanto, agora eu gostaria de (d)”. E os
aconselhamentos que queremos dar aos outros também passam pela mesma fórmula.
Em vez de pensarmos em termos do que há de errado com outra pessoa, a CNV nos
estimula a fazer a nós mesmos as seguintes perguntas: “O que essa pessoa está sentindo?
Do que ela precisa? Como estou me sentindo em relação a essa pessoa, e que
necessidades estão por trás desses sentimentos? Que ação ou decisão eu pediria
a essa pessoa para tomar, acreditando que isso a faria viver mais feliz?
Para expressar apreciação na CNV, o autor
distingue três componentes: 1. as ações que contribuíram para nosso bem-estar;
2. as necessidades específicas que foram atendidas; 3. os sentimentos
agradáveis gerados pelo atendimento dessas necessidades. O autor, assim,
considera elogios e cumprimentos como expressões alienantes da vida, pois
revelam pouco do que está acontecendo dentro de quem fala e estabelece que quem
fala está em posição de julgar. Para ele, julgamentos - tanto positivos quanto
negativos - são formas de comunicação alienante da vida. Agradecer plenamente
na CNV seguiria, pois, a seguinte fórmula: “Isso é o que você fez; isso é o que
sinto; essa é minha necessidade que foi atendida”. E, quando recebemos elogios
expressos dessa maneira, podemos aceitá-los sem nenhum sentimento de
superioridade ou de falsa humildade, celebrando juntamente com a pessoa que nos
oferece sua apreciação. Em vez de dizer “não foi nada”, pode-se dizer: “Estou
feliz por ter feito algo útil a você”.
AUTOBIOGRAFIA – MINHA VIDA E MINHAS
EXPERIÊNCIAS COM A VERDADE (Mohandas K. Gandhi). Livro que apresenta a saga gandhiana, um exemplo luminoso de como a
resistência à opressão precisa começar pelo trabalho com o ego e estender-se à
coletividade. A vida de Gandhi é um eloqüente testemunho disso. Como todo
pensamento fundamental, o ideário gandhiano cresce em universalidade e
atualidade à medida que os anos passam. Em sua autobiografia, Gandhi aborda,
entre outros assuntos, questões relativas à ética, à liberdade, aos direitos
humanos, à exclusão social, à religião, à política, à alimentação e à
sexualidade. Conceitos como a não-violência, por exemplo, são detalhadamente
apresentados e fundamentados pelo autor. É uma obra essencial para quem deseja
compreender melhor a vida e a obra desse notável pensador, político e educador
indiano.
À PAZ PERPÉTUA (Immanuel Kant). O livro é um clássico da literatura
pacifista, escrito pelo filósofo Immanuel Kant em 1795. Nele, o autor idealiza
um tratado de paz internacional que poderia pôr fim à guerra de forma
permanente, diferentemente dos tratados habitualmente firmados, que não passam
de meros armistícios. Esboça também o projeto de um órgão responsável por
promover a união entre as nações, papel que, um século e meio mais tarde,
caberia à atual Organização das Nações Unidas (ONU). Para Kant, o estado de paz
entre os homens não é um estado de natureza, que antes é um estado de guerra.
Ele tem de ser, portanto, instituído através do Direito. Para tanto, sugere
alguns artigos, subdivididos em duas seções: Primeira Seção: Artigos
preliminares para a paz perpétua entre os Estados: 1. Nenhum tratado de
paz deve ser tomado como tal se tiver sido feito com reserva secreta de matéria
para uma guerra futura. 2. Nenhum Estado independente (pequeno ou grande, isso
tanto faz aqui) pode ser adquirido por um outro Estado por herança, troca,
compra ou doação. 3. Exércitos permanentes devem desaparecer completamente com
o tempo. 4. Não deve ser feita nenhuma dívida pública em relação a interesses
externos do Estado. 5. Nenhum Estado deve imiscuir-se com emprego de força na
constituição e no governo de um outro Estado. 6. Nenhum Estado em guerra com
outro deve permitir hostilidades tais que tornem impossível a confiança
recíproca na paz futura; deste tipo são: emprego de assassinos, envenenadores,
quebra da capitulação e instigação à traição no Estado com que se guerreia, etc.
Segunda Seção: Artigos definitivos para a paz perpétua entre os Estados:
1. A Constituição civil em cada Estado deve ser republicana. 2. O direito
internacional deve fundar-se em um federalismo de Estados livres. 3. O direito
cosmopolita deve ser limitado às condições da hospitalidade universal.
ALIMENTAÇÃO SEM CARNE: GUIA PRÁTICO (Dr.
Eric Slywitch). Como médico nutrólogo, o
autor fornece informações consistentes, seguras e, sobretudo, imparciais sobre
a dieta vegetariana, para que o leitor possa optar de forma segura por uma
dieta sem carne. Trata-se do primeiro livro brasileiro que ensina a montar um
cardápio vegetariano combinando grupos alimentares, para qualquer tipo de dieta
vegetariana, totalmente embasado em artigos científicos. Apresenta também
informações importantes sobre os principais nutrientes em relação aos quais
existem dúvidas na dieta vegetariana, além de tabelas de valores nutricionais
de centenas de alimentos. É uma obra que serve, ainda, para informar pessoas
que, equivocadamente, acreditam que a dieta vegetariana não é segura.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
A
DESOBEDIÊNCIA CIVIL (Henry David Thoreau).
Leis injustas existem: devemos contentar-nos em obedecer a elas ou
esforçar-nos em corrigi-las, obedecer-lhes até triunfarmos ou
transgredi-las desde logo? Eis o tema abordado por este clássico da
literatura libertária. Tão poderoso que, anos mais tarde, nas mãos
de Gandhi, ajudou a derrubar um império. É um manual de
não-cooperação com o mal. Seu autor propõe uma revolução
pacífica: que violemos a lei injusta e retiremos nosso apoio pessoal
ou econômico aos governos opressores, suportando até mesmo a
prisão, se preciso for, vez que ali seria o único lugar num Estado
escravo em que um homem livre pode viver com honra. Segundo Thoreau,
uma minoria é impotente enquanto se conforma à maioria, mas
torna-se irresistível quando se põe a obstruir com todo o seu peso.
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